EUA confirmam caso de gripe aviária, com vírus fraco

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou nesta segunda-feira (14) o diagnóstico de gripe aviária em dois cisnes selvagens no estado de Michigan. O vírus encontrado é de baixa patogenicidade e não se trata do H5N1, o mais letal dentre os que causam gripe aviária.

Ron DeHaven, administrador do Serviço de Inspeção Animal e Vegetal do USDA, disse que um dos dois testes feitos para determinar a patogenicidade do vírus foi completado. Um segundo teste ainda será finalizado e divulgado daqui a duas semanas. Os primeiros exames indicaram a presença dos subtipos H5 e N1, mas descartaram a possibilidade de ser o H5N1. O USDA disse em um comunicado que o agente encontrado "não coloca em risco a saúde humana".

O teste e outros sintomas nas aves levam o USDA a acreditar que o vírus seja do mesmo tipo de atacou aves recentemente no Canadá também de baixa patogenicidade.

Especialistas temem que o H5N1 alcance a América do Norte ainda este ano. Na semana passada, o governo americano anunciou um monitoramento mais intensivo das rotas de aves migratórias, responsáveis por disseminar a doença de uma região para outra. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 138 pessoas morreram contaminadas pela doença em todo o mundo, das quais 61 apenas este ano, a maioria na Indonésia.

O foco de gripe nos Estados Unidos não teve impacto nos mercados futuros de milho, soja e subprodutos, como o farelo, na Chicago Board Of Trade (CBOT) por não se tratar do vírus H5N1, afirmou Dan Basse, analista da AgResource Co. A descoberta de gripe aviária em determinados mercados geralmente leva à queda na produção de aves e recuo na demanda por grãos para ração. No início desta tarde (horário de Brasília), o contrato de farelo para dezembro tinha alta de US$ 0,6 para US$ 163,8/tonelada. As informações são da Dow Jones.

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