Estudo mostra que indústria que inova leva vantagem

A abertura da economia brasileira, que começou na década de 1980 e se aprofundou na seguinte, criou um novo tipo de empresa. Um grupo pequeno, mas importante, de empresas segue uma estratégia de inovação, que tem impacto positivo na sua produtividade, no número de pessoas que empregam e nos salários que pagam, repercutindo de forma favorável até nas exportações do País.

Um estudo do professor Glauco Arbix, do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), mostra que as empresas inovadoras brasileiras conseguem desempenho melhor que as suas contrapartes argentinas e mexicanas. Arbix foi presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A elite industrial brasileira corresponde a somente 1,7% do total das empresas com controle nacional, que somam 72.005. A participação dessas empresas nos salários pagos, no entanto, está em 25,9% e, no total de empregos, em 13,2%. A participação das empresas inovadoras nas exportações está em 33,16%.

"As exportações brasileiras de produtos de alto e médio conteúdo tecnológico crescem mais que as de commodities", apontou Arbix. Cerca de 54% das exportações brasileiras são bens manufaturados e mais de 40% dos produtos industriais vendidos ao exterior tem um "grau razoável de sofisticação tecnológica", segundo o estudo intitulado Empresas inovadoras em três economias emergentes: uma comparação entre a elite industrial brasileira, mexicana e argentina.

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