Estudo CNT aponta que recuperação de estradas custaria R$ 22 bilhões

Ao divulgar nesta sexta-feira (6) o diagnóstico sobre as condições da malha rodoviária do País, o diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benatti, estimou que serão necessários R$ 22 bilhões para a recuperação das estradas, dos quais R$ 1 bilhão seria usado na manutenção.

A estimativa do diretor teve como base o levantamento realizado no período de 28 de junho a 5 de agosto, com quinze equipes que percorreram 84.382 quilômetros. Foram examinadas as condições sobre o estado de conservação das rodovias, qualidade do pavimento, sinalização e geometria da via, infra-estrutura de apoio ao transporte, praças de pedágio, postos fiscais e balanças.

A conclusão foi a de que caiu o porcentual de rodovias em estado ótimo e bom de 28% em 2005 para 25% em 2006. O porcentual de rodovias em situação péssima ou ruim também caiu, de 40,2% em 2005 para 36,6% este ano. Já as rodovias consideradas em estado regular aumentaram de 31,8% para 38,4%.

Segundo a CNT, a pesquisa sobre as condições das estradas este ano agregou 2.438 quilômetros a mais que em 2005. O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, não soube informar o reflexo da inclusão destes novos trechos no resultado geral da pesquisa.

Benatti afirmou também que a CNT defende modelos de privatização como as Parcerias Público Privadas (PPPs) ou concessões públicas já que o ranking montado pela CNT mostra que as melhores rodovias do País são as privatizadas. "A questão de pagar o pedágio é secundária. O que não dá mais é para operar nestas condições (das rodovias)", afirmou.

O diretor disse que a operação tapa-buraco iniciada no final do ano passado permitiu a redução do porcentual de rodovias classificadas como ruim e péssimo e a elevação do número das consideradas regulares. Segundo ele, embora tenha havido uma melhora na pavimentação das rodovias, não houve melhoria na sinalização e nos acostamentos.

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