Estudantes e Urbs avançam no debate sobre passe escolar, em Curitiba

O grupo de trabalho criado pelo prefeito Beto Richa para discutir a ampliação do passe escolar reuniu-se na manhã desta feira (19) para debater as regras de concessão do benefício e avançou em dois pontos importantes: os limites de renda familiar e o percentual de desconto na compra do passe.

Os representantes do movimento estudantil e a direção da Urbs chegaram a um consenso sobre a necessidade de manutenção da meia-tarifa. "Nosso objetivo é o passe livre integral, mas sabemos das dificuldades do sistema de transporte e concordamos em continuar a negociação com o benefício de 50%", disse o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Arilton Freres.

O teto da renda familiar, no entanto, poderá ser ampliado. Para montar a proposta de ampliação, o primeiro passo do grupo de trabalho será pesquisar a renda e o número de filhos das famílias nas escolas públicas de Curitiba e dos 13 municípios da região metropolitana que fazem parte da Rede Integrada de Transporte (RIT).

Com os dados estatísticos, que serão fornecidos pela Secretaria de Estado da Educação, será possível estabelecer novos limites de renda para concessão do passe livre, de acordo com a necessidade da maioria dos estudantes. A legislação atual dá o benefício da meia-tarifa para alunos com renda familiar de 3 a 5 salários mínimos (R$ 1.050 a R$ 1.750), dependendo do número de filhos.

O segundo passo será buscar fontes de recursos para evitar que o passe escolar seja custeado pelo passageiro pagante. O sistema de transporte é auto-sustentável, ou seja, todo as despesas são rateadas entre os passageiros pagantes. Quanto menos gente pagar a tarifa, mais cara fica a conta para cada um. "Não podemos deixar essa conta para o trabalhador que usa o transporte coletivo", afirmou o diretor de transporte da Urbs, Fernando Ghignone.

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