Estresse controlado, equilíbrio mantido

Não se sabe se a origem do nome estresse veio do latim, significando adversidade, pressão, esforço, ou da física, ligado à idéia de pressão sobre uma superfície até que ela se quebre. O fato é que, hoje, todas as pessoas já ouviram falar de estresse e uma grande parte delas sofre desse mal em seu cotidiano. Os médicos explicam que estresse é a reação do corpo diante de sensação de ameaça, seja ela interna ou externa, desencadeando uma descarga muito alta de adrenalina, podendo acarretar diversas alterações no funcionamento do organismo.

Estar sujeito a situações de estresse não quer dizer, porém, que se tenha necessariamente algum tipo de implicação séria na saúde. O problema mais grave ocorre quando se constata um caso de estresse agudo ou crônico. Aí, surge um desequilíbrio do limite psicológico da pessoa, seja por um acontecimento pontual – a morte de um parente, por exemplo -, seja por exposição prolongada a situações estressantes. Nesse caso, a pessoa reage fisicamente como se estivesse em momentos de perigo o tempo todo.

O estresse faz parte da vida, mas a sensação de descontrole é sempre prejudicial. Se algo o incomoda seriamente e você pensa que não consegue controlá-lo, aprenda a evitá-lo ou simplesmente aceite-o. Quem está informado e pára de pensar pode ver as coisas de outra maneira. Se descobrir que há algo que se pode fazer – e quase sempre há – faça-o em vez de se queixar, preocupar ou sofrer desnecessariamente.

DEZ MANDAMENTOS PARA CONTROLAR O ESTRESSE

1. É difícil definir estresse com exatidão porque os fatores que desencadeiam o distúrbio são diferentes para cada um de nós. Uma viagem na montanha russa pode ser uma experiência assustadora para uns e uma viagem alegre e divertida para outros.

2. O estresse é inevitável enquanto vivemos. De algumas fontes de doença não podemos escapar, enquanto que outras podemos evitar ou manejar. O que é grave é que a maioria de nós não distingue entre uma situação e outra. Faça uma lista daquilo que considera gerador de estresse e concentre seus esforços naquilo que pode ser resolúvel. Não perca tempo tentando mudar o impossível.

3. O estresse nos afeta de modos diferentes. Para cada tipo de sintoma sentido, existem técnicas especiais de intervenção que irão reduzir os sintomas psicológicos ou físicos do distúrbio. A meditação, o relaxamento muscular e os exercícios aeróbicos, caminhadas, yoga, marcha, entre outros, poderão ser excelentes opções para amenizar os sintomas. Contudo, nem todas as técnicas são úteis ou adequadas para todos. Sempre é bom consultar um médico para receber orientações.

4. É bom entender que nem sempre as fontes de estresse externas são as piores. O mais importante é o modo como cada pessoa percebe e sente os acontecimentos da sua vida.

5. Tenha presente que há sempre algo que se pode controlar. Ninguém consegue se sentir uma pessoa inútil sem o seu consentimento.

6. Se acha que foi tratado injustamente, ou tem um sério desafio pela frente, aprenda a agir positivamente e com responsabilidade. Se não conseguir os resultados pretendidos, persista na sua atitude.

7. É vital saber dizer NÃO quando confrontado com um pedido que avalia como exagerado, fora do razoável ou sem o tempo necessário para o satisfazer. Não é possível satisfazer todas as pessoas ao mesmo tempo. Ninguém o respeitará se não souber respeitar-se.

8. Aprenda a gerir o seu tempo de modo a contemplar sempre trabalho, família, lazer e descanso.

9. Estabeleça sempre objetivos apropriados que lhe permitam utilizar os seus talentos e que estejam dentro das suas capacidades. As aspirações irrealistas só servem para deixá-lo constantemente frustrado. Valorize suas pequenas vitórias.

10. É claro que sem amigos não se vai longe. Um forte apoio social é um importante escudo para as conseqüências negativas do estresse. Se a família, amigos ou trabalho não o preenchem, envolva-se em outras atividades cultivando, novos conhecimentos, ou mesmo arranjando um hobby. Esforce-se por fazer algo que goste.

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