Vem aí nova bocada das concessionárias do pedágio sobre a bolsa popular. Estão em poder do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) os pedidos de reajuste das tarifas nas 27 praças operadas pelas seis empresas beneficiadas com 2,5 mil quilômetros de rodovias construídas, há décadas, com recursos públicos.
Segundo revelou O Estado na edição de domingo, os aumentos devem variar de 7,12% a 18,52%, índices considerados abusivos na análise preliminar feita pelos setores técnico e jurídico do órgão do governo estadual.
Além disso, o pedido de reajuste foi protocolado, praticamente, na véspera do início da temporada de verão, quando milhares de famílias acorrem ao litoral ou a outros sítios de lazer para as férias anuais.
Os que se deslocam em veículos particulares – a maioria avassaladora – ficam desde já sob a ameaça do desembolso de quantias absurdas para estipendiar o discutível salvo-conduto que lhes confere o direito de locomover-se em território próprio.
O contencioso entre governo e empresas exploradoras do pedágio (e dos contribuintes) deve prosseguir com inevitáveis apelações ao Poder Judiciário, cujas derradeiras manifestações, entrementes, não se deixaram influenciar pela cristalina necessidade de impedir sucessivos aumentos dessa autêntica bitributação.