Estiagem muda distribuição, por estado, da produção nacional de grãos

Os problemas climáticos e econômicos enfrentados por produtores de soja deve mudar o mapa do setor agrícola este ano. Estados que antes se destacavam pelo alto índice de produtividade vão reduzir a oferta do produto na safra 2005/2006. Com isso, outras regiões devem aumentar a participação na produção nacional de grãos. O Paraná é um delas.

Com base no levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado este mês, a Secretaria da Agricultura do estado estima uma produção de 24,9 milhões de toneladas de soja na safra – 20,2% do que o Brasil espera colher. Esse índice representa um aumento de 11,16% de participação paranaense nesta safra em relação à anterior.

"A queda na produção em outros estados foi decisiva para que o Paraná aumentasse sua participação na produção nacional de grãos", reconhece o chefe interino do Departamento de Economia Rural, Disonei Zampiere. "Por conta das adversidades climáticas, houve redução significativa de oferta em Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina."

Apesar do aumento de participação na produção nacional, a estiagem também provocou perdas no Paraná. A estimativa inicial apontava para uma colheita com quase 5 milhões de toneladas a mais. O prejuízo financeiro deve ficar em torno de R$ 1,5 bilhão.

Quanto ao milho, o estado, que é o principal produtor do país, deverá colher 7,6 milhões de toneladas da safra normal. A redução na produção foi de 2,07 milhões de toneladas. As perdas financeiras somam R$ 320,77 milhões.

A estiagem também prejudicou a plantação de feijão das águas. Até agora, os produtores paranaenses colheram 420 mil toneladas do grão. Estava prevista uma produção de 537 mil toneladas. Devido às adversidades climáticas, as perdas na produção chegaram a 21,8%.

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