Poucas informações foram divulgadas hoje sobre as condições de saúde do presidente de Cuba, Fidel Castro, depois de sua cirurgia e temporário afastamento da Presidência cubana. A surpresa sobre a operação relacionada a uma "aguda crise intestinal com prolongado sangramento" marcou a primeira vez que Castro deixou o poder após 47 anos de liderança. Ele fará 80 anos em 13 de agosto.
A notícia veio ontem à noite numa declaração lida na televisão por seu secretário pessoal, Carlos Valenciaga. Na mensagem, o secretário disse que o problema estava aparentemente ligado ao stress devido à forte programação de trabalho do presidente, que esteve recentemente na Argentina para reunião com o Mercosul e no leste de Cuba.
Castro delegou em caráter provisório os cargos de primeiro secretário do Partido Comunista, de presidente do Conselho de Estado e comandante das Forças Armadas cubanas a seu irmão Raúl Castro, o segundo homem do regime.
A última vez em que Fidel apareceu em público foi na quarta-feira, no aniversário de 53 anos da revolução. O líder cubano aparentava estar mais magro que o comum e mesmo cansado do longo dia de discursos no oeste de Cuba. "A operação me obriga a ficar várias semanas de descanso", informou a carta, que também mencionou a necessidade de um "complicado procedimento cirúrgico". Não se sabe quando ou onde a cirurgia aconteceu e onde ele se recupera.