Estádio do Pacaembu espera ajuda para ser moderno

Não é preciso andar muito pelas instalações do Pacaembu para perceber que o estádio precisa de uma reforma geral. Infiltrações no teto da sala de imprensa, escadas de navio no acesso às cabines de rádio, assoalhos soltos nos vestiários e um minúsculo camarote. O gramado também tem falhas.

Aléssio Gamberini, empossado diretor do Pacaembu no dia 22 de janeiro, garante que o estádio não está abandonado: ?Sabemos que há problemas, mas temos o projeto de modernização.

Gamberini reconhece problemas na estrutura. ?Quando vejo jornalistas com mais de 60 anos tendo de subir aquelas escadas íngremes, de navio, eu fico mal. Tem de mudar. Outro dia, comentaristas de tevê mostraram goteiras. Quem perde com isso é o próprio estádio. Sua imagem é arranhada ainda mais nos dias atuais com a televisão.

O torcedor verá em breve um novo estádio, garante o diretor. Troca das cadeiras nas arquibancadas laterais, reforma dos banheiros e novo camarote para convidados estão nos planos. ?Os banheiros químicos são exigência do Estatuto do Torcedor e vão continuar, mas dá para ampliar os banheiros fixos já existentes e diminuir os banheiros químicos?, diz

Nos camarotes, outras mudanças previstas. Um estacionamento subterrâneo também está nos planos, já que o espaço da Praça Charles Miller, por recomendação da Polícia Militar, é fechado para veículos em dias de jogos

Walter Feldman, secretário municipal de esportes, diz de onde virá o dinheiro para as reformas. ?Temos dois caminhos. Ou fazemos um investimento direto com as finanças da secretaria ou procuramos pelas parcerias público-privadas. A tendência é o segundo caminho?, diz, confirmando que já há interesse de algumas empresas em bancar a reforma.

Ciente dos problemas do estádio, Feldman, que também assumiu o cargo no início do ano, colocou a reestruturação do Pacaembu como prioridade da sua administração. O que dificulta mudanças mais substanciais na sua estrutura é o fato de o estádio ter sido tombado pelo patrimônio histórico em 1991.

Cada mudança deve ser avaliada pelo Departamento de Patrimônio Histórico e isso torna lento o processo de aprovação das construções. ?Tudo que está sendo pensado e projetado não irá de encontro às diretrizes do tombamento?, garante Feldman.

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