Esquema de sanguessugas atingiu também a Educação

O desvio de recursos do Orçamento por parlamentares para a compra superfaturada de equipamentos e veículos também atingiu o Ministério da Educação. Em depoimento ontem à CPI dos Sanguessugas, o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura e o procurador da República em Mato Grosso Mário Lúcio Avelar revelaram a existência de esquema semelhante ao superfaturamento de ambulâncias no uso de dinheiro do Fundo Nacional de Educação (FNDE) para a compra de veículos para transporte escolar

Na sessão secreta, o delegado e o procurador confirmaram que o esquema também atingia o Ministério da Ciência e Tecnologia, na compra de veículos destinados a programa de inclusão digital. Até agora, porém, a PF e o Ministério Público não avançaram nas investigações do esquema nas pastas da Educação e Ciência e Tecnologia

?O transporte escolar também faz parte do esquema dos sanguessugas. Ficou evidente que o esquema geral é muito mais abrangente e vai além do superfaturamento de ambulâncias?, relatou o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE). De acordo com os relatos à CPI, a máfia das ambulâncias tinha ligação com cerca de 60 parlamentares e de 250 a 300 prefeitos

?No prazo de funcionamento da CPI, que são 60 dias, vamos dar um resultado sobre o esquema das ambulâncias. Isso não impede a continuação mais tarde das investigações sobre os outros ministérios?, disse o presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ)

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