Especialistas estão mais confiantes quanto à redução dos juros

A taxa básica de juros (Selic), atualmente de 14,75% ao ano, deve cair para 14,50% no final de agosto, com possibilidade de perder mais meio ponto percentual nas reuniões que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fará em outubro e novembro, de modo a terminar o ano em 14%.

Essa é a projeção de analistas de mercado e de instituições financeiras contida no boletim Focus, divulgado hoje (31) pelo BC, com expectativas sobre tendências dos principais indicadores da economia. Na semana passada, eles calculavam Selic de 14,25% no final do ano, mas ficaram um pouco mais otimistas depois da divulgação, na última quinta-feira (27), da ata da reunião do Copom, que acenou com mais reduções da taxa básica de juros, embora com maior parcimônia.

Nesta semana, os especialistas prevêem leve melhora na perspectiva de crescimento da produção industrial, que aumentou de 4,11% para 4,15%, mas mantêm em 3,60% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ? soma das riquezas produzidas no país. Com isso, se mantém a previsão de 50,50% para a relação entre dívida líquida do setor público e PIB no final de 2006, mas se eleva de 49,15% para 49,20% a relação dívida/PIB no encerramento de 2007.

De acordo com a expectativa dos analistas de mercado, o saldo da balança comercial deste ano será mesmo em torno de US$ 40 bilhões, com queda de mais de 10% comparado ao superávit (saldo positivo) obtido no ano anterior, quando a diferença entre exportações e importações foi de US$ 44,76 bilhões. E a perspectiva da balança comercial para 2007 é de que o saldo caia mais ainda, de US$ 35,72 bilhões, na projeção anterior, para US$ 35,05 bilhões.

Essas quedas influenciam negativamente a formação de superávit na conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior. Pelo boletim Focus da semana passada, a previsão era de um saldo de conta corrente ao redor de US$ 9 bilhões neste ano – previsão que agora cai para US$ 8,65 bilhões, e a projeção para o saldo de 2007, que era de US$ 4,20 bilhões, cede para US$ 4 bilhões.

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