Especialistas cobram ”tolerância zero” para corrupção

O Brasil ocupa uma posição de destaque entre os países que investem no combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros em transações comerciais internacionais. A avaliação é dos participantes da Conferência promovida pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Tribunal de Contas da União, em Brasília.

Nesta terça-feira, os primeiros debates do dia tiveram como foco principal o cumprimento dos padrões internacionais anticorrupção previstos na convenção da OCDE. O palestrante a tratar do assunto era o professor de direito penal da Universidade de Basel, na Suíça, Lark Pieth. Ele deu seqüência ao discurso do diretor assistente de Assuntos Financeiros e de Negócios da organização, Reiner Geiger, que considerou a corrupção no discurso da abertura da conferência ?um crime contra a sociedade?. Ele ainda cobrou ?tolerância zero para a corrupção?.

Segundo a secretária de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Ivete Lund Viegas, as demonstrações brasileiras de avanço na questão são grandes: ?Pelo relatório que está sendo entregue hoje e colocado na Internet na página da OCDE, a percepção é que a nossa legislação é abrangente, eficaz e que irá produzir os resultados que se deseja. Ou seja: processar e julgar sem nenhuma restrição todos aqueles que forem indiciados por corrupção. Seja ele a autoridade que for no país, nacional e estrangeiro?

A programação da Conferência para a tarde desta terça-feira prevê palestra do presidente da Organização Não Governamental Transparência Brasil e debate com os jornalistas Edson Luiz Ferreira e Roberto Kovalik. Eles vão falar sobre o papel das ONGs e da imprensa no combate à corrupção. O evento será encerrado com o pronunciamento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, às cinco horas da tarde.

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