Eslovênia quer acabar com sonho americano no Ellis Park

Pierre-Philippe Marcou/AFP

O sonho americano todo mundo conhece, mas existe também o sonho esloveno. Depois de uma boa estreia, Estados Unidos e Eslovênia se enfrentam nesta sexta-feira em Johannesburgo (11h em Brasília) com a esperança de ficarem mais perto das oitavas desta Copa.

A Eslovênia, que bateu a Argélia por 1 a 0 no domingo, pode avançar de fase se vencer os americanos, que ficaram no 1 a 1 com a Inglaterra, uma das seleções favoritas.

“Vamos ganhar esta partida”, avisou o meio-campo esloveno Andrej Komac. O goleiro americano Tim Howard retrucou de imediato, curto e grosso: “Falar é fácil”.

Howard, que fez ótimas defesas diante da Inglaterra, declarou-se pronto para o segundo jogo apesar de uma dor nas costelas, resultado de um choque na estreia: “Isso (a dor) não vai me deter”, garantiu.

Os europeus, que até agora lideram o Grupo C, não deixaram uma boa impressão quando pegaram a Argélia, quando aproveitaram-se de um erro do goleiro para marcar o único gol do encontro.

Os Estados Unidos confirmaram no confronto com a Inglaterra os progressos que já tinham mostrado há um ano na Copa das Confederações, em que eliminaram a Espanha nas semifinais (2-0), antes de cairem na final diante do Brasil (3-2).

A equipe americana tem um esquema bastante básico: uma defesa respeitável e contragolpes rápidos, liderados pelo volante Landon Donovan e apoiados pelos atacantes Clint Dempsey e Jozy Altidore.

Já a Eslovênia conta com uma defesa muito boa e um goleiro destemido, Samir Handanovic (Udinese-ITA), além de um grupo entrosado.

“É uma seleção coletivamente muito forte”, admitiu o técnico da Argélia, Rabá Saadane. “Joga há muito tempo junta e se conhece muito bem. Tem boa chance de passar para as oitavas”, acrescentou.

Os Estados Unidos vão tentar mostrar o contrário diante dos balcânicos, que representam o menor país no Mundial, com 2 milhões de habitantes.

“Será outro tipo de jogo”, prevê o técnico americano Bob Bradley, em referência ao 1 a 1 diante dos ingleses. “Eles têm a habilidade de segurar o jogo atrás”, observou o representante do maior país na Copa, com 300 milhões de habitantes.