Lixo, entulho e sujeira, somados a umidade, criam um ambiente perfeito para a aparição de escorpiões. É o que afirma a veterinária responsável pelo Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Marilda Fonseca de Oliveira. Apesar das preocupações, este ano foram registrados apenas duas aparições de escorpiões. Os bairros com maior incidência são as zonas 5 e 6.
Para Marilda Fonseca, o importante é que a população mantenha limpo locais que possam atrair baratas e outros insetos, já que esses insetos são alimentos dos escorpiões.
Como dica, a veterinária orienta a população para evitar plantas próximas às paredes das casas, retirar entulhos, tijolos, telhas ou outros objetos, além de vedar as soleiras das portas. "Outro fato curioso é que os escorpiões podem entrar nas casas através da rede de esgoto. Por isso, é importante também vedar ralos e tanques para evitar o aparecimento de escorpiões", observou.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, desde 2001 foram registradas 40 acidentes com escorpiões em Maringá. Este ano apenas dois registros foram notificados. As reclamações vêm de 13 bairros da cidade, mas a maior incidência do escorpião amarelo, Tytius serrulatus, acontece nas zonas 5 e 6.
Procedimento
A Secretaria de Saúde orienta a população para que ao encontrar um escorpião, o capture de forma segura, usando pá ou vassoura, e o coloque em um vidro. Em caso de acidente a pessoa picada deve ser encaminhada imediatamente ao Centro de Controle de Intoxicação (CCI), no Hospital Universitário.
Existem várias espécies de escorpião. Na região, o aparecimento mais comum tem sido de três espécies: Tityus serrulatus, venenoso, responsável pelos acidentes mais graves podendo levar à óbito; Tityus bahiensis, se caracteriza por uma cor mais avermelhada, seu veneno não é tão perigoso; e, o Bothriurus araguayae, escorpião preto, que não oferece risco algum e faz parte da fauna natural da região. Na dúvida, Marilda Oliveira alerta para tomar cuidado e capturar qualquer escorpião que encontrar.