Escolas federais ameaçam retomar greve

Servidores das escolas técnicas e de outros estabelecimentos de ensino do governo federal ameaçam fazer greve em função do descumprimento de um acordo feito no final do ano passado para encerrar uma paralisação da categoria. No fim de semana, representantes da categoria de todo o País se reunirão em Brasília para discutir o assunto.

Pela negociação estabelecida em dezembro, o governo deveria ter apresentado até o início de janeiro um projeto para reajustar em 12% o salário dos professores dos ensinos fundamental e médio e alterar o plano de carreira. Até hoje a medida não foi implementada. De acordo com o governo, as duas medidas custariam R$ 140 milhões em 2006.

Além dos professores, os servidores técnico-administrativos das escolas também reclamam do não cumprimento de um acordo para implantação do seu novo plano de carreira, igual ao das universidades federais. A primeira parte do plano, que ampliava o aumento de salário em cada degrau da carreira, já foi implantada, mas a segunda fase, que possibilitaria novos aumentos por meio de cursos internos, ainda não saiu do papel.

De acordo com o sindicato da categoria, o governo quer adiar para junho a fase de capacitação e qualificação dos servidores, cujo custo é estimado em R$ 255 milhões. O mesmo problema é enfrentado pelos servidores das universidades.

No ano passado, a greve começou nas escolas técnicas e depois avançou para as universidades, com a adesão dos professores. Foram mais de três meses de paralisação, que provocou atraso do ano letivo. As aulas do segundo semestre de 2005 devem ser concluídas em abril.

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