Escolas com ensino especial vão receber 500 laboratórios de informática

O computador pode ser um importante elo entre crianças e o mundo. Por meio dele, estudantes com necessidades especiais descobrem formas de interação com as letras e os números, driblando os limites impostos por livros, cadernos e salas de aula. Diante dessas possibilidades, o Ministério da Educação criou, em 2003, o Programa de Informática na Educação Especial (Proinesp).

Até agora, foram instalados 456 laboratórios de informática em instituições que atendem estudantes com, por exemplo, dificuldade de locomoção, deficiência visual ou auditiva. Este ano, o MEC planeja implantar outros 500 novos laboratórios de informática nas escolas em que esses alunos estão matriculados.

De acordo com a coordenadora geral de desenvolvimento para a educação especial, Kátia Barbosa, a expectativa é que cerca de 20 mil novos alunos com necessidades especiais sejam atendidos. "O uso da informática como ferramenta de aprendizagem é importante pra todos os alunos, mas em especial para os alunos com necessidades educacionais especiais por que ele dá melhores condições de acessibilidade", informou a coordenadora.

Segundo ela, a instalação desses equipamentos vai facilitar a inclusão dos jovens, melhorando as condições de ensino. "Nesses laboratórios você pode desenvolver novas formas para atender a diversidade e assim melhorar a qualidade na educação. A gente acredita que a inclusão desses estudantes numa escola beneficia todos os outros alunos e ajuda a entender a diversidade", disse Kátia.

Os novos laboratórios serão colocados em escolas da rede pública e privada sem fins lucrativos. Cada unidade vai receber seis computadores, uma impressora, um scanner, uma webcam e todos os móveis para o espaço.

A instalação dos laboratórios é feita apenas em escolas onde há alunos com necessidades educacionais especiais. Além disso, o programa oferece o treinamento e a capacitação de pelo menos dois professores em cada escola. Eles farão um curso à distância com duração de 120 horas.

De acordo com o MEC, no Brasil existem cerca de 640 mil alunos com necessidades educacionais especiais matriculados em 37 mil escolas, 33 mil delas públicas.

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