Escola e combustíveis sobem menos e IPC-S fica em 0,01%

Rio – Os preços do álcool, da gasolina e das mensalidades escolares subiram menos na última semana de fevereiro e puxaram para baixo a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). A taxa, calculada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), chegou o fim do mês em 0,01%, variação menor do que a registrada na semana anterior (0,10%) e bem inferior à da última semana de janeiro (0,65%).

O economista André Braz, responsável pelo cálculo do índice, explicou que as principais contribuições para a queda no resultado do IPC-S na última semana de fevereiro foram dadas, nessa ordem, pelos grupos educação, transportes e habitação.

Como os reajustes nas mensalidades escolares já haviam sido captados nos períodos anteriores, a alta nesse item passou de 0,88% para 0,25%. Com isso, o item educação reduziu a alta de 0,71% para 0,29%.

No caso dos transportes, houve perda de ritmo nos aumentos do álcool e da gasolina. O álcool, cujo reajuste havia chegado a 10,23% na última semana de janeiro, terminou fevereiro com alta bem menor, de 3,64%. Nas duas últimas semanas de fevereiro, a alta no produto decresceu de 4,72% para 3,64%.

No caso da gasolina, houve desaceleração de alta de 1 09% para 0,93% entre uma semana e outra. Porém, Braz observou que o produto terá aumento no IPC-S já a partir do início de março – por causa da redução da parcela de álcool no produto, de 25% para 20% desde ontem -, enquanto o álcool "é uma incerteza, uma incógnita".

Segundo ele, "os aumentos registrados no preço do álcool nos postos nos últimos dias tornam esse produto um ponto de incerteza e não dá para saber se os reajustes vão continuar perdendo ritmo no IPC-S de março, como ocorreu em fevereiro".

O grupo habitação (de -0,03% para -0,11% de uma semana para outra) foi favorecido pela ausência de reajustes de preços administrados, realidade que deverá mudar em março por causa do aumento na taxa de água e esgoto ocorrido em Belo Horizonte.

Braz adiantou que o primeiro IPC-S de março, a ser divulgado na semana que vem, deverá registrar uma variação em torno do 0,01% abaixo do apurado em fevereiro.

Voltar ao topo