Energia e crescimento

O Brasil tem pesadas cargas a suportar em termos de infra-estrutura de sustentação do crescimento do Produto Interno Bruto. Uma delas é o aumento da produção de energia elétrica em pelo menos 4,5% ao ano, para manter o PIB evoluindo a uma taxa anual de 3,5%.

A essa altura do ano, os reservatórios da maioria das hidrelétricas estão cheios, mas isso não indica que as preocupações estejam afastadas. Se não há risco iminente de falta de chuvas e, em conseqüência, de novos racionamentos de eletricidade, o governo se inquieta com a indefinição reinante entre os investidores em relação a esse importante setor.

Conforme os especialistas, o nível desejável de investimentos na geração de eletricidade deveria chegar a R$ 20 bilhões por ano, com a maior parte dos recursos carreados pela iniciativa privada.

Nos planos da Eletrobrás, estatal responsável por uma rede de usinas que produzem 60% da energia gerada no País, figura o investimento de R$ 4,6 bilhões em 2005, ou 23% do total dos gastos necessários.

Até os anos 80s o governo bancava com recursos próprios ou emprestados por organismos internacionais, como Bird e BID, a construção das hidrelétricas programadas. Tais fontes secaram e, diante disso, os investidores ficam na dependência de marcos regulatórios mais seguros e retorno garantido. Esse é o apertado gargalo por onde pingam as perspectivas da geração de energia elétrica no Brasil.

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