Encontro discuturá reforma agrária e políticas de governo para o campo

Brasília – Refletir sobre o modelo de reforma agrária é o principal objetivo do Encontro Nacional dos Povos no Campo: por Dignidade e Justiça, que se realiza entre os dias 23 e 25 deste mês, em Brasília. O evento tem organização do Fórum Nacional pela Reforma Agrária, que reúne 45 entidades, entre as quais a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (Contag), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Segundo a coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais na Agricultura, Carmem Foro, os principais temas dos debates serão a importância da reforma agrária e o atual modelo de desenvolvimento agrícola; a necessidade de chamar a atenção da sociedade sobre o perigo do modelo de desenvolvimento agrícola vigente e as medidas para preservação da biodiversidade. ?Vamos fazer uma reflexão sobre o atual modelo de reforma e adotar um posicionamento contra esse modelo?.

Para o secretário de Ambiente da Comissão Pastoral da Terra, Dirceu Fumagalli, o encontro é uma oportunidade que os movimentos têm de ver com clareza a situação no campo. ?Esse é um momento de análise, de perceber a situação com a qual nos deparamos Fumagalli disse que será feita uma avaliação das políticas públicas para reforma agrária adotadas pelo governo nos últimos anos. ?O que vai ser avaliado é uma política, um modelo que foi desencadeado há algum tempo e até que ponto esse modelo tem significado ou não?.

De acordo com Foro, não há como fazer um encontro desse nível e não tarar das políticas do governo para a área, nem se pode deixar de lado o que os movimentos querem para uma próxima gestão. ?Não estamos à margem de um processo desses. Vamos ter posicionamento, indicações e proposições que digam o que queremos para a reforma agrária?.

A coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Marina dos Santos, informou que no final do encontro será elaborada uma carta com as principais plataformas da reforma agrária e da agricultura familiar para os próximos anos. ?Esse documento vai para um debate interno do fórum sobre o que nós queremos para o país em relação à reforma agrária e à agricultura familiar. As entidades já estão há três meses discutindo esse documento. Nestes três dias estaremos fechando esse documento?.

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