O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) pediu nesta segunda-feira (6) formalmente uma reunião com a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com o objetivo de discutir um possível pedido de indenização às companhias aéreas e reivindicar mais investimentos para a infra-estrutura de acompanhamento do espaço aéreo. Cálculos preliminares indicam que o valor a ser solicitado pelas companhias é de cerca de R$ 40 milhões, por perdas com a operação-padrão deflagrada por controladores de vôo em Brasília.
"A indenização é o mínimo. As companhias estão fazendo um levantamento dos prejuízos. É preciso investimento no sistema de controle e acompanhamento do espaço aéreo", afirma o diretor de relações governamentais do Snea, Anchieta Hélcias. De acordo com ele, o ofício assinado pelo ex-ministro da Defesa José Viegas, que apontava para o risco de problemas nos aeroportos desde 2003 foi elaborado com a colaboração do Snea, que já alertava para o risco.
Hélcias diz que o dinheiro arrecadado com as taxas aeroportuárias, que deveria ser revertido para investimentos em melhorias na infra-estrutura aeroportuária e nos sistemas de controle de vôo, está sendo retido para o governo poder aumentar sua receita para pagar os juros da dívida pública (superávit primário). "O sistema está sucateado e não é de hoje" afirma o diretor do Snea.
Segundo Hélcias, o pedido de indenização e de mais investimentos não serão tratados hoje na posse da nova diretoria do Snea, que será presidido pelo presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, em substituição a George Ermakoff, ex-presidente da Rio Sul.