Empresas do Brasil debatem com Panamá obra do canal

Representantes das empresas Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Alstom reuniram-se na manhã desta quinta-feira (24) com uma comitiva composta pelo governo do Panamá para discutir o projeto de ampliação do Canal do Panamá, que faz a ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Estiveram presentes o presidente do Panamá, Martin Torrijos Espino, o chanceler Samuel Lewis Navarro, o ministro do Comércio Alejandro Ferrer, e o administrador do Canal do Panamá, Alberto Alemán Zubieta.

De acordo com um funcionário do governo panamenho, as empresas, que formaram um consórcio no país, têm interesse em participar de editais de licitação das obras de ampliação do canal, especialmente da construção de duas novas eclusas, que consumirão US$ 2,3 bilhões, ou 60% do total de US$ 5,250 bilhões em investimentos previstos para o empreendimento.

A licitação para essa parte do projeto deve ser realizada entre setembro e outubro deste ano, com obras com início previsto para 2009 e término para 2014.

O edital de licitação para a primeira etapa, em que será feita a escavação do canal seco, está aberto desde o dia 6 de maio. A concorrência se encerra no dia 25 de junho. O consórcio também pretende disputar obras de investimento na infra-estrutura viária do país.

As obras de ampliação do Canal do Panamá devem durar sete anos e atraíram algumas das maiores empresas do mundo.

A ampliação do Canal do Panamá, cujo controle pertencia aos Estados Unidos até 2000, foi aprovada pela população em um plebiscito em outubro de 2006.

O objetivo é dobrar a capacidade do canal, por onde passaram cargas de 395 mil toneladas e cerca de 14 mil embarcações no ano passado. Sem as obras de ampliação, o canal, que é a principal fonte de receita do país, pode ficar obsoleto em poucos anos, pois foi projetado para embarcações muito menores que as utilizadas atualmente pela indústria naval.

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