Empresas deixam de investir em 2006, segundo CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (9) uma sondagem especial sobre investimentos. Segundo a CNI, o ritmo de crescimento da economia em 2006 frustrou as expectativas dos empresários, que investiram menos do que o planejado este ano.

Segundo o documento, 85% (ou 1.343) das 1.581 empresas consultadas informaram que tinham planos de investimentos para este ano. No entanto, apenas 36% dessas 1.343 empresas realizaram investimentos como o planejado; 43% realizaram parcialmente os investimentos e 21% adiaram ou cancelaram os investimentos previstos para este ano.

Segundo a CNI, a decisão de investir mostrou-se mais presente entre as grandes empresas. Entre os setores que realizaram investimentos abaixo do esperado, estão os de calçados, móveis e madeira.

A Sondagem da CNI também constatou que 60% das 1.581 empresas consultados aumentaram a capacidade instalada entre 2004 e 2006. Os setores que tiveram as maiores expansões foram o alcooleiro, farmacêutico, de papel e celulose, máquinas e materiais elétricos.

A sondagem mostra, ainda, que mais de 80% das empresas acreditam que sua capacidade produtiva é suficiente para atender a demanda prevista para 2007. Com isso, os empresários se mostraram pouco propensos a aumentar as compras de máquinas e equipamentos.

Segundo a pesquisa, entre as 215 grandes empresas consultadas, 52,9% esperam aumentar as compras de bens de capital e, entre as pequenas e médias, que somam 1.366 empresas, apenas 50,9% esperam aumentar os investimentos em bens de capital.

A pesquisa também revelou que, entre as empresas de modo geral, os principais objetivos dos investimentos em 2007 serão aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos. As empresas informaram, no entanto, que devem direcionar seus investimentos em 2007 para atender o mercado doméstico.

Entre as grandes empresas, 15% disseram que vão investir somente no mercado interno; 37% disseram que os investimentos serão principalmente no mercado doméstico; 37% disseram que vão investir igualmente nos mercados externo e interno e 11%, principalmente no mercado externo.

Entre as pequenas e médias empresas que não têm tradição exportadora, 35% vão destinar os investimentos somente à produção voltada para o mercado doméstico; 38%, principalmente para o mercado interno e 21% deverão investir igualmente nos mercados externo e interno.

Apenas 5% das pequenas e médias destinarão os investimentos para atender principalmente o mercado externo. E somente para 1% delas os investimentos em 2007 vão ser voltados apenas ao mercado externo.

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