Empresas de informação têm o melhor faturamento de serviços, em 2004

Rio de Janeiro – O setor de serviços da informação teve em 2004 o melhor faturamento de todo o setor de serviços, apesar do número reduzido de empresas e de empregar poucas pessoas. A receita das atividades de telecomunicações, agências de notícias, informática, audiovisual e jornalismo somou mais de 30% dos R$ 381 bilhões faturados pelo total das empresas de serviços do país. As informações constam da publicação sobre o desempenho do setor de serviços no Brasil em 2004 divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro, Benito Paret, atribuiu esse comportamento ao fato das empresas de informática prestarem serviços a outros setores que agora começam a se preocupar com a melhoria da qualidade de seus serviços.

Segundo ele, a procura pelos serviços terceirizados é cada vez maior. ?Anos atrás esse serviço era muito interno, desenvolvido pelas próprias empresas, com suas equipes, e hoje há uma tendência de terceirização, de contratação dos serviços de desenvolvimento, de manutenção dos seus próprios sistemas através de empresas especializadas. Então isso gerou um crescimento muito grande da prestação de serviços do setor de tecnologia da informação focado nas empresas?, explicou Paret.

Ainda segundo ele, outro fato que tem ajudado no crescimento do setor são os gastos reduzidos com os empregados. ?Geralmente as empresas de informática são constituídas por até três sócios, e eles tocam o negócio que requer criatividade e conhecimento. Assim, os gastos com os encargos sociais a serem pagos aos empregados são praticamente inexistentes?, explicou.

A pesquisa do IBGE revelou que o maior número de contratações é feito pelas empresas que prestam serviços a outras empresas, como vigilância, limpeza, eletricistas e pedreiros. A média em 2004 era de 12 empregados por empresa. O grupo de empresas de serviços prestados às famílias também fez um grande número de contratações em 2004 (média de seis por empresa), mas pagou os salários mais baixos, em média 1,7 mínimos por mês. Os trabalhadores que ganharam menos foram os de serviços de alimentação.

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