Empresas apostam em melhora, aponta FGV

A confiança dos empresários nas perspectivas para a economia durante o primeiro semestre de 2005 é grande, apontou a sondagem industrial da FGV. Para 59% das empresas, entre janeiro e junho de 2005, a situação dos negócios melhorará, enquanto 4% acham que vai piorar. A diferença de 55 pontos porcentuais entre os dois extremos é praticamente a mesma dos 54 p.p. registrados em janeiro de 2004.

O resultado é o melhor na série histórica da FGV, só superado pela sondagem da Indústria em abril de 1995. A pesquisa da FGV não divulgou qual foi o porcentual à época. Na sondagem divulgada hoje, a FGV destaca que as perspectivas do setor industrial para os próximos meses são favoráveis, embora haja "arrefecimento da magnitude dos saldos de respostas em alguns dos quesitos da pesquisa relacionadas ao curto prazo, se comparados aos números apurados em outubro passado. O conjunto de dados é compatível com a sustentação do ciclo de crescimento, ainda mais levando-se em conta os robustos resultados obtidos nas perguntas relacionadas ao emprego e à situação dos negócios nos próximos seis meses.

Preços

Entre as empresas ouvidas pela Fundação Getúlio Vargas, 34% manifestaram a intenção de aumentar seus preços e 10% informaram que pretendem baixar preços. A diferença de 24 pontos porcentuais entre as duas pontas é inferior aos 35 pp médios registrados em janeiro de 2004. O número também é o menor para esta época do ano desde 1999, ano da flexibilização da política cambial.

A pesquisa da FGV mostra também que nos setores de bens de capital e material de construção a diferença entre as empresas que querem aumentar e as que querem baixar preços está acima da média, enquanto no setor de bens de consumo há uma relativa estabilidade. A FGV destaca que há uma diminuição da pressão por reajustes nos segmentos químico, metalúrgico e de papel e celulose. Segundo a Fundação, entre os fatores que influenciam a descompressão de preços está a valorização do real nos últimos meses e o abrandamento do ciclo de alta das commodities.

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