Emprego, salário e vendas da indústria batem recorde histórico em 2004

Todas as variáveis da indústria brasileira pesquisadas em 2004 pela Confederação Nacional da Indústria bateram recordes históricos. As vendas reais, o número de pessoal empregado e o total de salários líquidos pagos pelo setor obtiveram em 2004 as maiores taxas de crescimento anual desde 1992, quando a pesquisa dos Indicadores Industriais da CNI começou a ser realizada. O número de horas trabalhadas e a capacidade instalada da indústria também foram recorde.

Segundo a CNI, o mercado de trabalho industrial foi o grande destaque do ano. Os indicadores emprego e massa salarial "registraram trajetórias duradouras e intensas de crescimento ao longo de 2004", diz o documento. O número de pessoal empregado na indústria cresceu 3,49% em 2004, comparado ao ano de 2003, mais de três vezes a taxa de expansão recorde anterior, ocorrida em 2001.

Por sua vez, a massa de salários pagos pela indústria de transformação em 2004 expandiu-se 9,01% em relação ao ano anterior, revertendo queda de 4,2% observada em 2003. Em toda a série da CNI, esse resultado é apenas inferior de 1995, quando a massa salarial aumentou 9,87%.

O estudo indica que as vendas reais cresceram 14,29% em 2004, em comparação a 2003, a maior taxa já registrada pela pesquisa. Segundo o documento, o crescimento, que atingiu o pico em junho, foi reflexo, entre outros fatores, da elevação das exportações e da recuperação do emprego.

As horas trabalhadas na produção também aumentaram significativamente na comparação com 2003. À exceção de julho, todos os meses indicaram crescimento ante o mês anterior, de forma que o crescimento médio de 2004 foi de 6,21% na comparação com 2003.

O nível de utilização da capacidade instalada se manteve, em média, em 82,3% em 2004, ou seja, 2,5% superior à média de 2003. O aproveitamento da capacidade instalada também superou em 1,7% o recorde anterior, de 2002.

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