O Paraná apresentou em janeiro um crescimento de 0,4% no número de empregos na indústria, índice duas vezes maior que o da média nacional, calculada em 0,2%. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (16) pelo IBGE e revela ainda que a geração de novos postos de trabalho na indústria paranaense só ficou abaixo das taxas de Minas Gerais (2%) e do conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (1,4%).
De acordo com o levantamento, o resultado do Paraná foi impulsionado principalmente pelo setor de bebidas e alimentos, que cresceu 9,9% no Estado. Dos 14 Estados e regiões pesquisados, 11 apresentaram resultados negativos. A maior queda foi verificada, mais uma vez, em São Paulo (-2,2%) e, conseqüentemente, na região Sudeste (-1,7%).
Setorialmente, ainda no confronto entre janeiro deste ano com o mesmo mês de 2003, são observados, no total do país, queda no emprego em 11 dos 18 setores analisados. A maior pressão negativa vem do ramo de vestuário (-13,9%), seguido de papel e gráfica (-7,7%), têxtil (-5,8%) e minerais não-metálicos (-5,3%). Positivamente, destaca-se a influência das contratações em alimentos e bebidas (2,6%).
Ano
No acumulado dos últimos 12 meses, os destaques positivos vieram do conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste (3,5%) e do Paraná (2,2%). Já as maiores taxas negativa foram verificadas no Rio de Janeiro (-4,4%), Rio Grande do Sul (-2%) e São Paulo (-1,1%). Com esses números, o índice nacional no período foi calculado em -0,7%, o que mostra queda ligeiramente mais acentuada que nos meses de dezembro (-0,5%) e novembro (-0,4%).
Em nível setorial, também no ano, as demissões no país superam as contratações em 10 ramos, com destaque para a influência negativa vinda de vestuário (-6,0%), fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-7,4%), minerais não-metálicos (-5,7%) e têxtil (-4,5%). Respondendo pelas maiores contribuições positivas, destacam-se as indústrias de alimentos e bebidas (2,6%) e de máquinas e equipamentos (5,6%).