Emoção marca abertura do Festival de Dança 2006

As 12 apresentações que abriram, na manhã desta segunda-feira (20), o Festival de Danças 2006, da rede municipal de ensino, empolgaram crianças, professores e pais de alunos que prestigiaram o espetáculo. Nem mesmo o dia úmido afastou a animação e a emoção dos alunos ao subir ao palco do Teatro Ópera de Arame que, até a próxima quinta-feira (23), receberá 3.961 estudantes de 103 escolas municipais.

O Festival de Dança deste ano tem como tema "A Diversidade em Movimento" e encerra as atividades das áreas de Educação Física e Ensino da Arte nas escolas municipais. A atividade não tem caráter competitivo.

O Festival foi aberto pelas crianças da 3ª e 4a séries da Escola Municipal Linneu do Amaral que apresentou "A viagem dos índios tupi-guaranis pelo Brasil". Descalços, pintados e caracterizados com o figurino de juta e colares de macarrão que eles mesmos confeccionaram, as 22 crianças dançaram e cantaram para representar os índios brasileiros.

"Esta atividade é muito importante para as nossas crianças porque eles se sentem valorizados. Os olhos deles brilham quando falamos e trabalhamos para o Festival", disse a professora de educação física da escola, Tânia Valentim.

O CEI Lauro Esmanhoto, que apresentou "Apesar das diferenças, todos unidos pela dança", misturou meninos e meninas com bolas de basquetes, bastões e tampas e introduziu movimentos da capoeira à apresentação. A mãe da menina Bruna Rodrigues de Carvalho, de 10 anos, Luzia de Carvalho, contou que a filha não desistiu de dançar apesar das dificuldades em aprender a coreografia. Luzia considera o projeto muito importante para o desenvolvimento de sua filha. "A dança ajuda a perder a timidez, incentiva o convívio em grupo e a socialização. A atividade já faz parte da vida dela", afirmou a mãe. A apresentação de Bruna levou ainda o pai e a madrinha dela ao Teatro Ópera de Arame.

A descontração marcou a demonstração da Escola Santa Águeda que apresentou "Diversidade social". As 33 crianças dançaram hip-hop com roupas e adereços que caracterizam o ritmo. A exibição valorizou ainda algumas performances individuais.

Uma das apresentações mais vibrantes foi a da Escola Joaquim Távora que teve o título "Brasil de muitas cores". O grupo de 48 crianças apresentou etnias que formaram o país, mas a maioria representava o país com camisetas e chapéus com as cores da bandeira brasileira. Eles misturaram passos de dança com movimentos típicos da educação física como os que o grupo utilizou fitas.

A Escola Nossa Senhora do Carmo apresentou "Despertando…", coreografia com ritmos diferentes, que fez um alerta quanto à necessidade da separação do lixo. Na primeira parte as crianças se exibiram vestidas com sacos pretos de lixo. Depois de tirar os sacos, vestidos com camisetas coloridas, eles separaram lixo reciclável no palco.

Depois da apresentação da filha Patrícia Helena, de 9 anos, aluna da Escola Manuel D?Elboux, o advogado Paulo Munhoz fez questão de abraçar a menina antes de voltar ao trabalho. "A dança leva cultura às crianças e vai muito além da atividade física", definiu o pai. A escola de Patrícia fez a apresentação "Harmonia".

Também se apresentaram nesta segunda-feira de manhã a Escola Maria Marli Piovezan ("A raça humana"), CEI Augusto César Sandino ("Danças Ciganas"), Foz do Iguaçu ("Bom dia Napolis – Tutti bonna gente"), Arapongas ("Equilíbrio"), Michel Khury ("O ritmo africano na ginga brasileira") e Santa Ana Mestra ("Redescobrindo as Américas").

Nos quatro dias do Festival serão 132 apresentações de ritmos variados. Nesta segunda-feira (20) as apresentações acontecem das 9h às 12h e das 14h às 17h. A partir desta terça até quinta (21 a 23) haverá apresentações das 9h às 12h, das 4h às 17h e também à noite, das 19h30 às 21h30.

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