Embraer usa Supertucano para conquistar mercado militar

A Embraer informou hoje (17), em Cingapura, que vai centrar sua ofensiva no mercado internacional de aviões militares no turboélice Supertucano, de ataque leve e treinamento. Uma aeronave pintada de preto e configurada para deslocamentos de longo alcance será apresentada a partir de terça-feira, durante o Asian Aeroespace 2006, a maior feira aeroespacial da Ásia. O Supertucano permanecerá na área da exposição estática do evento.

A empresa brasileira acredita que haja, na região, demanda para 200 unidades dessa classe de equipamento até 2010. A estimativa dos negócios é da ordem de US$ 1,1 bilhão. Cerca de 150 outras aeronaves devem ser encomendadas na América Latina e África no mesmo período. A Embraer não está sozinha nesse segmento. Indústrias aeronáuticas dos Estados Unidos, Coréia, Suíça e Israel disputam os pedidos.

Depois do Asian 2006 o avião – que voou 21.230 km de São José dos Campos a Cingapura – fará uma turnê de demonstração técnica por diversos países asiáticos e do Oriente Médio

Já foram exportados 22 Supertucanos para a Aviação da Colômbia. Há outros 24 em discussão junto ao governo colombiano. A Força Aérea Brasileira (FAB) contratou o fornecimento de 99 aviões.

O Supertucano reúne tecnologia eletrônica de última geração, o que o torna capaz de realizar ações conjuntas com supersônicos pesados. É também um fator de superioridade na familiarização de pilotos de combate com recursos digitais avançados. No arranjo de ataque, o turboélice leva 1,5 tonelada de mísseis, bombas (inclusive as inteligentes, guiadas por laser) e foguetes, além de 2 metralhadoras. Há versões com cockpit para 1 e 2 pilotos.

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