A fabricante de aviões Embraer fechou o primeiro trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 58,5 milhões, uma queda de 32 67% na comparação com os primeiros três meses de 2006. A receita líquida somou R$ 1,77 bilhão, com um pequeno aumento de 0,22% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa também registrou no período uma diminuição em relação aos aviões entregues: foram 25 este ano, ante 27 no primeiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, essa queda foi provocada pelos problemas enfrentados com a cadeia de fornecimento da família de aviões 170/190.
A Embraer informou também ter enfrentado no período um aumento dos custos industriais em função do atraso no fornecimento de peças, "que provocaram o aumento dos ciclos de produção e das horas trabalhadas, incluindo aumento dos custos de mão-de-obra relacionados à realização de horas extras, para cumprir o cronograma de entrega".
A empresa ressaltou ainda que, desde o início do ano, foram contratados cerca de 2 mil novos empregados, que estão em fase de treinamento e cujos custos são contabilizados como custos industriais. De acordo com a Embraer, esses novos funcionários fazem parte do plano para aumentar a produção nos próximos trimestres.
Apesar dos problemas enfrentados no primeiro trimestre, a empresa reiterou em comunicado que as perspectivas para os próximos trimestres são positivas. A meta é chegar ao final do ano com 165 a 170 aeronaves entregues.
No primeiro trimestre, a empresa registrou 11 novos pedidos firmes de aviões comerciais, incluindo o exercício de opções. A Embraer conseguiu também dois novos clientes: a suíça M1 Travel, sediada em Genebra, e a italiana Alpi Eagles, sediada em Thiene. A empresa comemorou ainda o desempenho dos jatos executivos, com a família Phenom se aproximando das 400 encomendas firmes.
Com isso, a carteira de pedidos firmes da Embraer chegou a março com o nível recorde de US$ 15 bilhões. No primeiro trimestre do ano passado, essas encomendas em carteira eram de US$ 10,4 bilhões.
Da receita da Embraer, o segmento de aviação comercial foi responsável por R$ 1,157 bilhão, ou 65,3% do total – um aumento em relação aos 62,8% do primeiro trimestre de 2006. O segmento de serviços aos clientes faturou R$ 283,7 milhões, ou 16% do total. A aviação executiva teve receita de R$ 251,9 milhões, 14 2% do total. E o segmento de defesa e governo teve faturamento de 79,6 milhões, 4,5% do total.