Embargos e medo de gripe aviária prejudicam exportações

Brasília – O temor dos consumidores mundiais de comer carne de frango por causa da gripe aviária e o embargo de 56 países às carnes brasileiras devido aos casos de febre aftosa impediram um crescimento maior das exportações do produto no mês de março. As exportações de carnes renderam US$ 618,878 milhões no mês, crescimento de 5% em relação a março de 2005.

"Apesar do resultado positivo, as exportações de carnes já refletem os impactos da redução da demanda externa em função da gripe aviária e o do embargo russo, sobretudo nas exportações de carne suína", informou o Ministério da Agricultura ao divulgar o resultado da balança comercial do agronegócio.

Em março, as exportações totais do agronegócio renderam US$ 3 979 milhões, com alta de 16% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os gastos com importações foram 28,4% superiores, chegando a US$ 583 milhões. Como resultado, o superávit comercial foi de US$ 3,395 bilhões, aumento de 14,3%. Tanto o valor das exportações quanto o superávit representam recordes históricos para meses de março.

No primeiro trimestre, o saldo da balança comercial do agronegócio somou US$ 8,272 bilhões, valor 9,3% superior ao do mesmo período de 2005. O resultado em 2006 é recorde histórico para o período. Os embarques de produtos agrícolas renderem US$ 9,797 bilhões ao País, número também recorde para o primeiro trimestre do ano e 11,5% acima do valor exportado no mesmo período do ano passado. Seguindo tendência verificada em outros segmentos da economia, as importações agrícolas cresceram 24,7%, totalizando US$ 1,524 bilhão.

Carnes – Já no setor de carnes, o mês de março registrou queda de 1% na quantidade exportada e aumento de 6% nos preços. As exportações de carne bovina "in natura" tiveram melhor desempenho, apresentando crescimento de 22%, em virtude do aumento de 14,6% na quantidade exportada e do crescimento de 6 6% nos preços médios de venda.

Já a receita cambial obtida com os embarques de carne suína caiu 50,6% em março, resultado de uma redução de 44% no volume e 22% nos preços. As exportações de frango "in natura" diminuíram 5,4% em quantidade, mas com preços 3,5% superiores a igual período de 2005, o que resultou numa queda de 2% na receita.

De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura,, "houve uma desaceleração da queda em relação a fevereiro, quando o volume exportado diminuiu 9,7% em relação ao mesmo período de 2005".

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