Embaixador do Irã nega que marinheiros serão julgados

O embaixador iraniano na Rússia disse que o caso dos 15 marinheiros britânicos detidos pelo Irã entrou na fase legal, mas negou que tenha dito que os mesmos serão julgados, informou hoje a agência oficial de notícias iraniana Irna. Gholam-Reza Ansari fez seus comentários para o canal de televisão russo Vesti-24 ontem e foi citado pela Irna em seu website como tendo afirmado que "o caso da detenção dos marinheiros britânicos tomou a forma judicial."

A Irna havia citado o embaixador afirmando que os marinheiros poderiam "ser julgados se houver evidências suficientes de culpa". Mas a agência publicou uma correção mais tarde afirmando que os comentários de Ansari foram traduzidos incorretamente pela televisão russa. A rede de tevê russa não pôde ser contatada imediatamente para comentar a questão.

Perguntada sobre as declarações de Ansari, antes que a Irna informasse que ele havia sido citado equivocadamente, a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Margaret Beckett, manifestou preocupação e exortou o Irã a resolver a crise pacificamente. "Estou preocupada, não é a primeira pessoa que faz comentários ameaçadores", disse. "Continuamos a manifestar nossa vontade de promover um diálogo e discussões com o Irã.

Ansari não é a primeira autoridade iraniana a se referir a potenciais repercussões legais para os marinheiros britânicos. Ali Larijani, principal negociador internacional do país, disse à rádio estatal na quinta-feira, que "esse caso pode entrar num caminho legal". No mesmo dia, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip, que o caso entrou na fase de investigações legais, segundo a televisão estatal.

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