Emater recomenda manejo de pragas

São mais de 10 milhões de litros de inseticidas aplicados na última safra de soja em aproximadamente 4 milhões de hectares de área cultivada, apresentando o incremento, nos últimos cinco anos, de 10% ao ano. É o que aponta o levantamento realizado pelo instituto oficial de extensão rural Emater, vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Para o engenheiro agrônomo e entomologista Lauro Morales, da Unidade Regional da Emater de Londrina, responsável pela conclusão do trabalho desenvolvido juntamente com as cooperativas agropecuárias, o Paraná pode reduzir o uso intensivo de agrotóxico na cultura da soja adotando táticas de convivência com as pragas.

?A recomendação é a inclusão da tecnologia desenvolvida pela Embrapa-Soja na década de 80 e disponível para ser empregada pelo sojicultor no planejamento da próxima safra?, destaca Morales, indicando o monitoramento da lavoura, a verificação da população de insetos, análise do nível de dano e o uso de produtos biológicos.

Por exemplo, para diminuição de ataque e controle da lagarta-da-soja é recomendado o baculovirus, vírus encontrado na natureza e atualmente colocado no mercado de forma embalada e seu uso não causa danos no meio ambiente. Têm, ainda, grupos de produtos seletivos com menor toxidade, específicos para cada praga. Percevejos também podem ser controlados pela natureza por parasitóides, fungos e predadores.

O importante, assegura Morales, é o acompanhamento de um engenheiro agrônomo ou um técnico especializado no atendimento às necessidades do sojicultor no uso de agrotóxicos. ?Com a boa orientação, é possível reduzir significativamente as aplicações de inseticidas e aumentar a margem de lucratividade pela diminuição de produtos colocados na lavoura, beneficiando também o ambiente rural?, conclui o extensionista.

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