Em reunião, PT e aliados armam contra-ofensiva

Em reunião no comitê do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, dirigentes do PT, PC do B, PSB e PMDB decidiram partir para a ofensiva contra o que chamaram de "tentativa golpista" da oposição. O coordenador-geral da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que governadores e parlamentares dos quatro partidos foram orientados a reagir à estratégia do PSDB, PFL e PPS de "criar factóides" para "desrespeitar a vontade popular de reeleger o presidente.

Os aliados de Lula condenaram a decisão da oposição de solicitar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a convocação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. No entender de tucanos e pefelistas, Thomaz Bastos precisa explicar denúncias de que a Polícia Federal estaria agindo politicamente com o objetivo de abafar o escândalo envolvendo a tentativa de compra, por parte de petistas, de um dossiê contra candidatos do PSDB.

A decisão do comitê da reeleição é a de aplicar "vacinas" contra "factóides", ocupando espaços para defender Lula. "Não faremos nenhum grande ato, mas estamos pedindo aos militantes que saiam às ruas, ocupem os espaços públicos e aproveitem o clima de debate", afirmou o presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral. "Estamos preocupados, porque o desespero é péssimo conselheiro da política, e nossos adversários querem criar um clima de insegurança, um terceiro turno da eleição.

Além de Garcia e Amaral, participaram da reunião o presidente do PC do B, Renato Rabelo, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), este representando a ala do partido que apóia Lula. Em viagem, o presidente do PRB, Victor Paulo, manifestou apoio, por telefone, à estratégia dos aliados. O PRB é o partido do vice-presidente, José Alencar.

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