Em quatro anos diminuem as notificações de Aids no Paraná

Segundo o relatório, o Paraná ocupa o quinto lugar em número de casos absolutos no Brasil, contando com 17,7 mil casos acumulados de pessoas infectadas pelo vírus desde 1984. Em 2002 houve 1,5 mil casos notificados; em 2003 eles passaram para 1,3 mil, e em 2004 foram registrados 1.176 casos novos. Em 2005 foram notificados 1.100 casos.

A coordenadora do Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids, Ivana Kaminski, lembra que as análises devem ser realizadas com cuidado, considerando-se principalmente os atrasos nas notificações, especialmente a partir de 2003.

As Regionais de Saúde Metropolitana (2ª), de Londrina (17ª) e de Maringá (15ª), são as que apresentam o maior número de notificações no Estado. Metade dos casos ocorrem na 2ª Regional de Saúde, com 8.502 casos registrados. Londrina apresenta 1.734 casos, o que significa 10% do total, e Maringá tem 6%, isto é, 1.053 casos.

Pelos coeficientes de incidência por 100 mil habitantes, a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá apresenta as maiores taxas, com 22,99. Em seguida vem a 17ª Regional de Saúde de Londrina com 15,5 e a 2ª Regional de Saúde, reunindo Curitiba e Região Metropolitana, com 14,77.

O Ministério da Saúde lembra o Dia Mundial de Combate à Aids com o slogan ?A vida é mais forte que a Aids?, e terá como foco as pessoas que vivem com HIV/Aids, tendo como base o conceito de Prevenção Posithiva.

No combate à doença, a Secretaria da Saúde alerta para os cuidados a serem tomados com os meios de transmissão, que pode ocorrer com a utilização de seringas por mais de uma pessoa, pelo contato sexual sem proteção (uso da camisinha), pela transfusão de sangue contaminado, pela mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação, e através de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Para iniciar as ações do Dia Mundial de Combate à Aids, o Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids organizou um Seminário Estadual de DST/Aids e Controle Social no Sistema Único de Saúde (SUS), que debateu as questões técnicas e financeiras das ações de prevenção da DST/Aids. ?É um trabalho que precisa da conscientização da população. O Estado fornece os meios de prevenção, e a população precisa saber do perigo e utilizar esses meios para cuidar da sua saúde?, avisa o secretário de Saúde, Cláudio Xavier.

A Secretaria também está apoiando o trabalho desenvolvido pelos municípios do Estado, que promovem diversas ações, de acordo com as características de cada local. ?A Aids é uma questão do SUS e deve ser discutida no seu contexto?, disse Ivana Kaminski.

Na semana que antecedeu e na semana que segue o Dia Mundial de Combate à Aids, a Secretaria está realizando uma série de seminários e encontros que vão desde treinamentos sobre convênios e prestação de contas com a participação da sociedade civil até seminários sobre prevenção às DST/Aids com Conselhos Empresariais, Forças Armadas e a Prevenção Posithiva junto a pessoas que vivem com o vírus.

A Prevenção Positiva é a prevenção voltada para as pessoas com HIV/Aids. A partir do tratamento, elas têm uma maior qualidade de vida, novas perspectivas, o desejo de relacionar-se afetivamente, trabalhar, estudar, ter filhos e projetos de vida. ?Essa é uma busca pela diminuição do estigma e pelo respeito aos direitos humanos e às pessoas que possuem o vírus?, conta Ivana.

A proposta desse tema é combater a discriminação e o preconceito que envolve a doença pode meio do protagonismo das pessoas com o vírus da Aids.

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