Brasília (AE) – No depoimento que prestou na Delegacia da Polícia Federal em Ribeirão Preto a pedido da CPI dos Bingos, a ex-mulher do advogado Rogério Buratti, Elza Buratti, desmentiu a afirmação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de que não mantinha relacionamento de amizade com Buratti desde 1994, quando ele deixou de ser seu secretário de governo na prefeitura de Ribeirão Preto. Elza deu uma outra versão, a de que, mesmo no cargo de ministro, Palocci e Buratti continuaram ligados. Ela disse que, em duas oportunidades, esteve com o ex-marido na casa do ministro em Brasília. Afirmou, ainda, que a ligação entre eles era próxima no último anos de Palocci no cargo de prefeito, em 2002, a ponto de ter o ministro e seus familiares como convidados para o almoço em três ocasiões.
Elza informou que ainda não se separou formalmente de Buratti. Quando depôs na CPI, o advogado informou que vice em belo Horizonte com uma moça chamada Carla, mostrando-se aborrecido com a informação de que ela trabalhava para a cafetina Jeany Mary Corner. No depoimento, sua ex-mulher afirma que ele mantém "relação política e pessoal" com Donizete Rosa, que também foi ex-secretário de Palocci na prfeitura de Ribeirão Preto. Ela negou conhecer outros nomes supostamente envolvidos no episódio da extorsão da multinacional Gtech. Também negou que seu ex-marido tenha ficado rico. Mas ao relacionar as propriedades e fazendas em nome do casal, deixou claro que mantinham um padrão de vida elevado.