Eletrobrás participará com o setor privado dos próximos leilões de energia

Rio de Janeiro – A Eletrobrás vai participar dos próximos leilões de linhas de transmissão e de geração de energia, programados para 18 de agosto e 10 de outubro, respectivamente, mas sempre com participação minoritária na parceria com o setor privado. ?A Eletrobrás não gosta, não quer, não pretende fazer usinas sozinha. Ela quer 49% das ações, deixando 51%, ou seja, o comando majoritário na mão da iniciativa privada. E isso tem dado certo?, afirmou nesta segunda-feira (31) o presidente da estatal, Aloísio Vasconcelos.

A estatal, informou, vai entrar em quatro dos oito projetos incluídos no leilão de linhas de transmissão, com destaque para os da região Amazônica e de integração do eixo Norte-Sul, por meio de suas controladas Eletronorte, Furnas e Chesf (Centrais Hidrelétricas do São Francisco). Na área de geração, ele informou que a meta é vender a energia de usinas como Foz do Chapecó e outras que já estão em operação.  

Entre os projetos que estão parados e que a Eletrobrás pretende reativar Vasconcelos citou as usinas de Serra do Facão, de Salto Pilão e de São Salvador, na região Norte. "A potência desta última é superior a um milhão de quilowatts", destacou Vasconcelos.

Com os leilões, acrescentou, "até podemos pensar em usinas novas, como a de Dardanelos, em Mato Grosso, que não tem mais problema ambiental, e a de Mauá, no Paraná, onde uma pequena questão ambiental será resolvida, em função da redução do nível de água que afetou a potência. É preciso ver se está mantido o interesse do investidor privado?, explicou.

A tendência da estatal, segundo Vasconcelos, é de ter uma taxa de retorno de 12% ou mais. "O ideal é uma taxa de 14%, já que agora não há mais nenhuma como a de Baguari, que será construída no próximo mês ? nela a taxa de retorno é de 15%", disse.

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