Eleitor atento

O eleitor deverá julgar cada um de acordo com a biografia e a ampla defesa já apresentada. Este é o resumo do estrabismo político utilizado pelos dirigentes petistas na tentativa descabelada de justificar a presença de alguns notórios mensaleiros na nominata de candidatos à Câmara Federal pelo estado de São Paulo.

A convenção estadual que homologou a candidatura do senador Aloizio Mercadante ao governo, ratificou as candidaturas a deputado federal de José Genoino, Antônio Palocci, João Paulo Cunha, Professor Luizinho, José Mentor e Ângela Guadagnin. Destes, Genoino, Luizinho, João Paulo e Mentor tiveram envolvimento direto com os escândalos do mensalão e do caixa dois.

O ex-presidente nacional do PT não leu e mesmo assim assinou contratos de empréstimos milionários com os bancos Rural e Minas Gerais, conseguidos por Marcos Valério para o caixa dois do partido, além de até hoje não ter explicado como o chefe de gabinete de seu irmão, deputado estadual no Ceará, foi detido no aeroporto de Guarulhos com US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 150 mil numa sacola de viagem. Palocci mandou quebrar o sigilo bancário do caseiro que confirmara suas visitas à mansão onde se reunia a patota de Ribeirão Preto para aperfeiçoar a arte de desviar recursos do erário. Os demais enfiaram a mão nos dutos de Marcos Valério e Ângela Guadagnin notabilizou-se como passista de escola de samba, quando outro mensaleiro petista foi absolvido em plenário.

Para Mercadante o partido não fez mais que a obrigação ao dar legenda aos companheiros, embora tivesse a sutileza de admitir que o eleitor dará a palavra final. Com tantos candidatos de excelente desempenho na tragicomédia representada pelo PT, o eleitor paulista deve mesmo estar atento para não repetir o erro de 2002.

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