Eleições evitaram alta nas tarifas de ônibus, aponta IBGE

A realização das eleições municipais evitou maiores aumentos nas tarifas de ônibus urbanos neste ano, segundo destacou a gerente do Sistema de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos. “Até setembro, poucas regiões metropolitanas concederam reajuste, uma situação inusitada e talvez relacionada ao momento que o País está vivendo, já que esses aumentos são da alçada das prefeituras”, disse.

De janeiro a setembro deste ano, os ônibus urbanos registraram variação acumulada no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2,48%, ante 18,37% em igual período do ano passado. Não foram registrados reajustes, segundo Eulina, em capitais como Belo Horizonte, São Paulo, Salvador e Goiânia, além de Brasília. Em Recife, houve variação negativa de 6,92%. As regiões que reajustaram as tarifas de ônibus urbano no período foram Rio de Janeiro (6,67%), Porto Alegre (6,90%), Fortaleza (1,35%), Belém (2,88%) e Curitiba (15,15%).

O fato de Curitiba ter registrado um reajuste no transporte urbano tão acima da média nacional levou a região metropolitana a uma inflação acumulada no ano também bem superior à média (5,49%), de 7,57%.

Das cinco capitais que não reajustaram os ônibus ou reduziram as tarifas de ônibus urbanos, três são administradas pelo PT. Recife, a única a reduzir as tarifas, com promoções aos domingos, também tem administração petista. Salvador é administrada pelo PFL e Brasilia não tem prefeitura. A única prefeitura do PT a elevar a tarifa foi Belém.

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