Eleição no Timor Leste termina em clima de tranqülidade

Brasília – A votação nas eleições presidenciais do Timor Leste foi encerrada nesta segunda-feira (9) em clima de tranqüilidade, informa a Agência Lusa. Havia o temor de que o primeiro pleito após a independência do país provocasse uma onda de violência, já que durante a campanha eleitoral dezenas de pessoas ficaram feridas, o que levou à intervenção de forças internacionais de segurança.

O chefe da missão de observadores da União Européia, o espanhol Javier Pomez Ruiz, declarou que foram detectados problemas classificados de "normais e sem importância", considerado-se o fato de que este foi a primeira eleição organizada por autoridades timorenses.

Ainda de acordo com a agência, houve uma denúncia de ausência de cédulas de votos, mas os responsáveis pela Missão das Nações Unidas no Timor afirmaram que a situação foi contornada antes do fechamento das urnas e que o incidente não coloca em xeque a eleição.

Uma operação especial de segurança foi montada na capital do país, Díli, segundo o comandante em exercício da Polícia das Nações Unidas (Unpol), Leitão da Silva. Para cada uma das 45 assembléias de voto existentes na capital timorense, havia pelo menos dois agentes policiais.

De acordo com Leitão, uma hora após a abertura das urnas já havia "muita gente" à espera para votar em Díli. Em algumas mesas, havia filas com cerca de 400 eleitores.

Oito candidatos disputam a sucessão do atual presidente Xanana Gusmão. O Timor se tornou independente em 2002, depois de mais de duas décads sob domínio da Indonésia. A expectativa é que aproximadamente 520 mil eleitores fossem à urnas, o que representa pouco mais da metade da população.

O resultado deve ser divulgado ainda esta semana. Para que haja segundo turno, basta que nenhum candidato atinja mais de 50% dos votos.

O processo eleitoral foi acompanhado por 2.080 observadores, dos quais 180 são internacionais. O Brasil tem o maior número de representantes entre os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

No último sábado (7), a juíza Sandra Aparecida Silvestre de Frias Torres, que integra a missão de observadores brasileiros, foi ferida em um assalto na capital do Timor. Em nota divulgada ontem (8), o Ministério das Relações Exteriores informou que ela passava bem e estava em recuperação na casa do embaixador Antônio de Souza e Silva.

Voltar ao topo