A priorização da educação no Brasil é tema constante e urgente. O Paraná avançou neste setor em 2003 após oito anos de inércia. Foram constatados resultados positivos: instalação do Portal da Educação, que tem por finalidade democratizar o conhecimento pela internet; extinção do ParanáEducação (terceirização da educação), herança do governo de Jaime Lerner e companhia; concurso para professores do ensino fundamental e médio da Rede Estadual de Ensino. Educadores aprovados já estão recebendo o Termo de Exercício na escola escolhida.
Essas realizações confirmam a tendência de mudança da atual administração do Estado. Porém, um nó ficou por desatar no ano passado. Refiro-me ao Plano de Cargos e Salários. A expectativa dos professores em torno deste assunto é enorme, afinal eles estão há quase uma década sem reajustes. A solução deverá ocorrer tão logo os parlamentares, que estão em recesso, retornem à Assembléia Legislativa.
A justiça e o bom senso deverão prevalecer. É hora de inaugurar a Lei de Responsabilidade Social e não jogar a culpa na Lei de Responsabilidade Fiscal. Muitos professores estão em dificuldades financeiras e não suportam mais o aperto salarial. O acréscimo de 80% às contas bancárias dos professores a partir de março não é um aumento. É uma correção. A continuidade dos avanços na educação no Paraná depende deste acerto financeiro.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva
é pesquisador, professor, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.