Educação investe R$ 300 mil na compra de impressoras em braille

A Secretaria de Estado de Educação adquiriu 12 impressoras em braille para os Centros de Apoio Pedagógico de Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (Cap).A compra representa um investimento de R$ 300 mil e irá melhorar a qualidade do ensino de 3.297 alunos cegos ou com baixa visão. No início do ano letivo as impressoras serão distribuídas em cinco municípios – Curitiba, Maringá, Francisco Beltrão, Cascavel e Londrina.

A chefe do Departamento de Educação Especial da Educação, Angelina Matiskei, atesta que essa foi a maior compra de impressoras em braille feita no Estado. "Quando assumimos governo encontramos três impressoras quebradas e obsoletas. Nós restauramos o equipamento e colocamos em funcionamento para garantir que não faltasse material didático aos alunos, pois, grande parte do material impresso era feito por empresas terceirizadas", conta.

Para a coordenadora do Centro de Apoio de Curitiba, Rosane Machado, o aumento na quantidade de impressoras é muito importante e vai chegar em ótima hora. "Com apenas uma impressora nova produzimos aproximadamente 300 volumes por mês", ressalta e explica que os livros são divididos em volumes, por causa da transcrição do impresso para o braille, que aumenta o número de páginas.

"Um livro normal de História ? 290 páginas – utilizado pelos alunos em três anos do Ensino Médio, em braille, apresenta-se dividido em 11 volumes que totalizam 1.486 páginas. Já o livro Carandirú, que impresso tem 294 páginas, em Braille passa a ter 641 páginas. Para impressão em braille é utilizado um papel de gramatura 120, para que não haja desgaste, pois em papel mais fino, como o sulfite que tem 75 g/m², os relevos rapidamente desapareceriam.

Outra característica da transcrição desse impresso especial é de que os livros são digitados integralmente pelas professoras que, ao mesmo tempo, vão adequando os exercícios apresentados no material didático, para que sejam melhor compreendidos pelos deficientes visuais.

Voltar ao topo