Educação da mulher é uma das medidas importantes para reduzir pobreza

Atualmente, cerca de 600 milhões de mulheres em todo o mundo são analfabetas em comparação com 320 milhões de homens na mesma situação. Garantir o acesso das mulheres à educação é uma das medidas importantes para reduzir a pobreza mundial, de acordo com relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), divulgado hoje (12).

O relatório afirma que a escolaridade reflete diretamente na saúde da mulher e de toda a família. Cada ano de educação materna corresponde a uma redução de 5% a 10% nas taxas de mortalidade infantil. A escolarização também é fundamental para o planejamento familiar. Cada três anos de estudo significa cerca de um filho a menos por mulher.

Embora a desigualdade de acesso entre homens e mulheres ao ensino seja apontada como um problema mundial, no Brasil o número de meninas matriculadas no ensino fundamental supera o de meninos. "O problema acontece mais tarde, quando as mulheres, já preparadas, não conseguem a mesma remuneração no mercado de trabalho", afirma a representante da UNFPA no Brasil, Tânia Patriota.

Dados do relatório de acompanhamento nacional dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, da Presidência da República, mostram que no ensino médio as meninas também são a maioria. Essa proporção só se inverte no ensino superior, embora o número de mulheres venha aumentando.

O relatório da UNFPA enfatiza, este ano, a igualdade de gênero e a saúde reprodutiva como formas de reduzir a pobreza. Promover a Igualdade entre os Sexos e a Autonomia das Mulheres é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) a ser alcançado até 2015. Os ODM são uma série de oito compromissos aprovados entre líderes de 191 países membros das Nações Unidas.

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