Volks investiu US$ 200 mi para produzir Fox no Paraná

A Volkswagen investiu US$ 200 milhões na linha de produção do Fox, o novo modelo da fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, que chega às concessionárias na próxima semana. O investimento no projeto não foi divulgado pela montadora. “É o melhor lançamento que a Volkswagem já fez”, afirmou ontem, o presidente da empresa no Brasil, Paul Fleming, durante o lançamento do Fox. O compacto é a grande esperança da Volks para reconquistar a liderança do mercado nacional -disputada com GM e Fiat. A expectativa é que o novo modelo aqueça o mercado interno nesse final de ano -com a venda de 10 mil unidades -, e alavanque as exportações da empresa, que espera faturar US$ 1,45 bilhão em 2003, com o envio de 180 mil veículos para mais de 30 países.

Antes mesmo do lançamento oficial, garante Fleming, o Fox já tinha cerca de trezentas unidades vendidas. “Mesmo sem saber o preço os clientes já estavam apostando no carro”, comentou. O Fox custará a partir de R$ 20.990 -o modelo City 1.0 -, numa lacuna entre o básico Gol, com preços a partir de R$ 15.200, e o Polo, que custa cerca de R$ 28.500. Já para as versões Plus Sportline 1.6, os preços irão custar em média R$ 26 mil. As duas versões funcionarão tanto com álcool quanto gasolina, e serão exportados para América Latina possivelmente ainda este ano.

A intenção da Volkswagen foi produzir um carro “por brasileiros para brasileiros”, por isso apostou em 100% de nacionalização, garante o chefe de design, Luiz Alberto Veiga. “Conseguimos produzir um carro com excelente relação custo-benefício, graças ao emprego de novos conceitos, técnicas e estratégias que reduziram os custos de produção, incluindo-se aí o elevado índice de nacionalização de peças e componentes”, disse.

Pelo menos por enquanto, o Fox não aumentará o uso da capacidade instalada da Volkswagen/Audi. A produção diária, que já foi ao redor de 500 unidades/dia, será de 350 automóveis – somando Fox, Golf, Audi A3 e Saveiro. Não houve novas contratações. Com a redução da demanda no mercado interno, a montadora decidiu reduzir o volume de produção dos modelos mais caros, priorizando o Fox. A planta de São José dos Pinhais tem 2,5 mil empregados.

Do índio para a raposa

O projeto de criação do carro começou há dois anos. O novo modelo já havia sido batizado de Tupi – nome da maior nação indígena do Brasil na época do descobrimento do Brasil -, mas acabou sendo rebatizado de Fox, pela dificuldade dos executivos da Volks em pronunciar o nome. De acordo com o diretor de marketing e vendas, Paulo Sérgio Kakinoff para definir o perfil dos compradores, a empresa fez uma pesquisa com três mil pessoas e identificou quatro tipos de clientes: o entusiasta, que valoriza o status; o sensível (61% de mulheres), que se importa mais com praticidade e conforto; o guiado pela imagem, que gosta de dirigir e exige design bonito; e o essencialista, que leva em conta o custo benefício. “E foi para atender o sensível e guiado pela imagem que voltamos nossa atenção no Fox”, disse. A Fox poderá ser encontrado em oito opções de cores, sendo o preto, branco, vermelho e variações do cinza.

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