Varejo do Paraná registra alta de 7,3% nas vendas

O comércio varejista tem muito o que comemorar. As vendas no País cresceram pelo sétimo mês consecutivo, e em novembro de 2010 houve alta de 9,9%. Isso representa aumento de 1,1% na comparação com o mês de outubro.

Estes dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já o acumulado entre janeiro e novembro chega a 11%.

O Paraná teve um bom resultado e apresentou um crescimento de 7,3% no comércio varejista (que abrange oito atividades) em relação a novembro de 2009. O Estado registrou, no acumulado entre janeiro e novembro de 2010, 12,9% de incremento no setor. Nos últimos doze meses, a alta é de 13,3%.

No comércio varejista ampliado, que também leva em consideração os setores de veículos e materiais de construção, o resultado paranaense é ainda melhor. A variação chega a 19,6% na comparação com novembro de 2009. O Paraná superou Rio Grande do Sul (18,8%), Rio de Janeiro (14,4%), Minas Gerais (17,9%) e São Paulo (15,4%).

Vamberto Santana, consultor econômico da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), lembra que no mês de novembro começam as compras de fim de ano.

“Muita gente antecipou as compras sabendo que no final de novembro entraria na conta o dinheiro da primeira parcela do 13.º salário”, explica. Ele ainda destaca a importância do desempenho do mercado de trabalho, que em 2010 teve um aumento no número de postos de trabalho e a expansão salarial.

A maior entrada de produtos importados também forçou a queda de preços, o que contribuiu no estímulo às compras. “Outro fator de grande importância é a conscientização das pessoas de que não vão perder o emprego. Elas percebem a segurança e se dispõem a antecipar gastos ou gastar mais”, comenta Santana.

Atividades

Oito das dez atividades pesquisadas tiveram variação positiva em novembro de 2010, de acordo com o IBGE. As atividades que tiveram destaque foram equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,5%); livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); móveis e eletrodomésticos (2,4%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); material de construção (0,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%); veículos e motos, partes e peças (0,2%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%).

As atividades de tecidos, vestuário e calçados e de combustíveis e lubrificantes tiveram desempenho negativo em novembro do ano passado, de 3,6% e 0,3%, respectivamente.

Na comparação com novembro de 2009, todas as atividades tiveram um resultado positivo. O setor de móveis e eletrodomésticos foi o que mais contribuiu neste período para a taxa global de varejo, com 36% de variação positiva no período.

Segundo análise do IBGE, isto é consequência da recuperação do crédito e da manutenção do crescimento do emprego e da renda, além do reflexo da queda das vendas na maior parte de 2009.