Usina Santa Clara será inaugurada dia 30

Será inaugurada nesta sexta-feira (dia 30) a Usina Santa Clara, hidrelétrica de 120 megawatts de potência construída pela Copel no Rio Jordão, entre os municípios de Pinhão e Candói, região central do Estado, nas cercanias de Guarapuava.

Santa Clara integra um complexo energético que é complementado pela Usina Fundão, de 120 megawatts também, e mais duas pequenas centrais hidrelétricas incorporadas às barragens que adicionam 5,9 megawatts ao conjunto. A previsão para início de operação de Fundão é o segundo semestre do próximo ano.

A concessão dos aproveitamentos pertence à Elejor Centrais Elétricas do Rio Jordão, empresa controlada pelo governo do Paraná por meio da Copel, que detém 70% das ações. O investimento total previsto para as obras de Santa Clara e Fundão é de R$ 480 milhões, incluindo a implantação e desenvolvimento dos 33 projetos ambientais e sociais recomendados pelo Rima do empreendimento.

Estratégica

A central já está operando comercialmente e toda a sua produção, suficiente para suprir o consumo de uma cidade com 300 mil habitantes, é injetada no sistema elétrico da Copel para atender diretamente o mercado paranaense. ?Essa é a grande motivação estratégica desse empreendimento, o último a ter sua energia integralmente direcionada para uso da população paranaense?, informa o presidente da Copel, Rubens Ghilardi.

Ele explica que, pelas recentes regras fixadas para o setor, toda a produção das novas usinas autorizadas pela Aneel terá de ser comercializada via leilão, num ambiente centralizado de compra e também de venda. ?O contrato de venda de energia entre Elejor e Copel é anterior a essa mudança?, observa.

Para Ghilardi, a determinação que obriga as geradoras a transacionarem sua energia no ambiente do pool retira das estatais, como a Copel, a possibilidade de expandir o parque gerador pensando em atender as necessidades sociais e estratégicas do Estado. ?Como a energia vai acabar pulverizada no mercado, deixa de fazer sentido o entendimento que por 50 anos moveu a Copel na construção de suas usinas: alavancar e dar sustentação aos programas de desenvolvimento do Paraná, de inclusão e de promoção social da sua população?, sustenta o presidente. ?A partir de agora, a decisão de investir na construção de uma nova usina passa a depender fundamentalmente do aspecto econômico, pois não haveria sentido tirar recursos da distribuição ou da transmissão de energia, por exemplo, para investir numa usina deficitária.?

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