Usiminas retomará produção em Cubatão, diz sindicato

Depois de decidir religar um alto-forno de Ipatinga (MG), conforme informado pela Agência Estado no último dia 8, a Usiminas colocará também em operação um alto-forno que estava paralisado na unidade de Cubatão (SP), segundo sindicatos de metalúrgicos locais. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Cubatão, Florêncio Resende de Sá, a produção será retomada até 1º de agosto. A Usiminas informou que não iria comentar a questão.

O equipamento corresponde a cerca de 30% da produção da Usiminas na unidade. O outro alto-forno de Cubatão, que representa 70% do total, não havia sido paralisado. No ano passado, a usina de Ipatinga produziu 4,26 milhões de toneladas, enquanto a usina de Cubatão fabricou 3,7 milhões de toneladas.

A decisão da Usiminas está em linha com a estratégia das concorrentes Gerdau e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que também anunciaram o religamento de fornos. O principal estímulo para a retomada das siderúrgicas brasileiras nas últimas semanas tem sido o mercado externo. Depois de meses de crise, o mercado externo de aço apresenta uma recuperação na demanda e nos preços, que subiram cerca de 20% no último mês, passando de US$ 430 por tonelada para mais de US$ 520 por tonelada, no caso da bobina a quente, usada como referência.

Outro fator importante foi a prorrogação do corte do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) para os setores automotivo, construção e linha branca, que representam mais de 80% da demanda interna de aço. Apesar de positiva, a notícia está sendo tratada com cautela pelos especialistas, que temem uma nova formação de excedente de oferta no mercado. Entre janeiro e maio, a indústria siderúrgica operou com 49,7% da sua capacidade instalada de 41 milhões de toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).

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