Auditoria

União Européia aceita carne do Paraná

O Paraná conseguiu incluir sua primeira fazenda na lista de propriedades habilitadas a exportar carne bovina para a União Européia (UE). É a Fazenda Pelisson, localizada em Paranavaí, noroeste do Estado.

Propriedade do médico e pecuarista Jorge Luiz Pelisson, a fazenda com 559 animais já está apta a vender para os 27 países que formam o bloco europeu. A lista de propriedades habilitadas para exportar chega a 329 com a última atualização da Comunidade Européia.

O chefe da Divisão de Sanidade Animal da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Marco Antônio Teixeira Pinto, reconhece que houve atraso no Paraná. “O processo de auditoria demorou para começar aqui. Mas agora estamos correndo atrás do prejuízo”, comentou.

A auditoria nas propriedades do Paraná começaram no mês passado. Segundo Teixeira, outros estados saíram na frente porque estavam livres da febre aftosa. Para acelerar as auditorias nas propriedades que desejam vender para a União Européia, a Seab vai treinar, entre os dias 29 de setembro e 3 de outubro, mais 23 médicos veterinários para atuarem no processo. Hoje são apenas seis veterinários da Seab que atendem todo o Paraná, além de técnicos do Ministério da Agricultura.

No Paraná, dez propriedades já foram auditadas pela Seab e pelo Ministério da Agricultura. Dessas, sete foram aprovadas e tiveram os documentos encaminhados à União Européia para análise; três foram reprovadas.

“Ainda essa semana ou na semana que vem, mais fazendas do Paraná devem ser habilitadas”, acredita Teixeira. As sete propriedades aprovadas têm, juntas, cerca de 10 mil animais e estão localizadas nas regiões norte e noroeste do Estado.

Segundo Teixeira, o pecuarista que deseja exportar carne bovina para a União Européia precisa primeiramente contratar os serviços de uma certificadora – são sete que atendem no Paraná. “Antes a Seab fazia este trabalho gratuitamente. Mas como passou a auditora, não pode mais certificar”, explicou.

A principal exigência para quem quer vender para o mercado europeu é o controle exato e total do rebanho, com informações desde o nascimento do animal, propriedades por onde ele passou, tipo de criação, alimentação.

“O controle tem que ser o mais fiel possível”, comentou Teixeira. Mesmo as propriedades habilitadas a exportar para o bloco europeu são auditadas a cada seis meses.

Junto com a propriedade paranaense, a lista atualizada da Comunidade Européia indica a entrada de 33 novas fazendas brasileiras que também poderão ter seus animais abatidos para atender o mercado europeu de carne bovina. No total, o Brasil tem agora 329 propriedades habilitadas a exportar para a União Européia.

Novas fazendas

Das 33 novas fazendas, além da representante do Paraná, 13 são de Minas Gerais, dez de Goiás e nove do Mato Grosso. Os estados de São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul não tiveram novas propriedades incluídas na lista.

Com a atualização, Minas Gerais segue na liderança entre os estados habilitados, com 174 propriedades cadastradas e aptas a exportar para a Europa. Em segundo lugar está Goiás, com 62 fazendas, seguido pelo Mato Grosso, com 55 fazendas. A lista ainda tem o Rio Grande do Sul, com 18; Espírito Santo, com 16; São Paulo, com três; e o Paraná, com apenas uma.