Tombini diz que meta de inflação será cumprida em 2012

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira (6) “ter convicção” de que o IPCA vai convergir para o centro da meta em 2012. A declaração de Tombini vai em direção contrária à avaliação feita por analistas de mercado sobre o Relatório de Inflação, divulgado no último dia 29.

Segundo os analistas, o relatório sinalizaria que o cumprimento da meta de inflação no próximo ano seria mais difícil. Tombini fez essa afirmação durante discurso para uma plateia de empresários durante a cerimônia de premiação de Melhores e Maiores, da revista Exame.

De acordo com o presidente do BC, “inflação baixa é uma exigência da sociedade e um compromisso desse Banco Central”. Tombini ressaltou o resultado da inflação em maio, que ficou em patamar baixo, o menor em sete meses. Ele previu ainda que o IPCA de junho voltará a ficar em patamar baixo.

Em outro trecho do discurso, destacou a importância de “não se descuidar do presente”, alertando para eventuais riscos. Ele voltou a mencionar a mudança estrutural da economia brasileira em que os preços dos serviços estão subindo mais do que os demais.

Segundo ele, o atual momento positivo da economia brasileira é consequência “do nosso esforço e de políticas públicas adotadas pelo governo”. Tombini mencionou ainda a importância da participação dos empresários nesse esforço que favoreceu a economia nacional. “O Brasil cresce de forma sustentada, mas mais moderada do que no passado”, afirmou o presidente do BC.

Ele citou ainda a redução da dívida externa brasileira e o colchão de reservas internacionais do País, superior a US$ 330 bilhões, que contribuíram para reduzir o impacto de choques externos.

“O Brasil hoje é grau de investimento e temos perspectivas de melhora em um ambiente em que economias maduras estão sendo rebaixadas”, disse o presidente do BC.

Tombini afirmou que o governo da presidente Dilma Rousseff está empenhado em uma agenda de crescimento econômico ainda maior. “Essa agenda está baseada na ampliação das políticas públicas, da educação e ampliação dos investimentos públicos e privados”, disse. “O BC tem condições de contribuir para que o Brasil cresça de forma sólida”, acrescentou, durante seu discurso.

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