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Termina a greve na Refinaria Getúlio Vargas

Está suspensa a greve dos cerca de 10 mil trabalhadores das obras de expansão e manutenção da Refinaria Getulio Vargas (Repar e Fosfértil), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

A decisão foi tomada na manhã de ontem, quando a Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT/PR) apresentou aos grevistas as propostas discutidas na semana anterior com representantes das 31 empresas que prestam serviços à refinaria. A aceitação foi unânime e o retorno ao trabalho foi imediato.

“A aceitação foi muito boa, todos os operários concordaram com a proposta. A categoria ficou bastante contente com o aumento real, o novo piso salarial, com a hora extra, a cesta básica e a ajuda de custo de R$ 150. Foi uma greve longa, mas que nos trouxe resultados”, explica o presidente da CUT/PR, Roni Anderson Barbosa.

A greve durou 20 dias e, com a paralisação total das obras, os trabalhadores conquistaram o reajuste salarial de 10%, piso de R$ 726, ajuda de custo e cesta básica no total de R$ 150, tabela gradativa de folgas para os alojados que estão fora de casa visitarem a família, participação nos lucros e resultados de um salário base da categoria, cesta natalina de R$ 100, adicional de periculosidade de 30%, garantia no emprego de 45 dias após o final da greve, seguro de vida e plano de saúde para todos, e pagamento integral dos dias parados, mas com compensação de 50% das horas paralisadas.

De acordo com Barbosa, a avaliação final da greve é positiva, bem como a dos seis sindicatos envolvidos no movimento. “Tivemos avanços significativos para a melhoria salarial e dos direitos sociais que contemplam a grande maioria dos trabalhadores. Isso comprova que a mobilização é um instrumento de luta eficiente para alcançar conquistas coletivas”, diz o presidente.

No entanto, Barbosa explica que a greve ainda pode ser retomada. De acordo com ele, o acordo firmado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) contemplou 80% dos trabalhadores.

“Ficaram de fora cerca de dois mil funcionários que trabalham em algumas empresas que ainda não aderiram ao acordo firmado no tribunal. Caso isso não aconteça, voltaremos com a greve ainda mais forte, desta vez com 100% da categoria. Por isso que ainda consideramos a greve como suspensa”, avisa.