Tarifas públicas registram queda na capital paranaense

As tarifas públicas encerraram o mês de novembro com pequena queda de 0,06% em Curitiba, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR).

Com este resultado, os preços administrados e monitorados acumulam no ano alta de 1,05% – abaixo da inflação no período, que é de 3,69% – e, nos últimos 12 meses, variação de 0,87%.

De acordo com o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, as tarifas públicas pesaram no bolso do curitibano menos do que outros itens devido a três fatores: não houve reajuste da tarifa de água e esgoto, a energia residencial caiu de preço, devido a redução do subsídio cruzado e o telefone subiu 2,13%, abaixo da inflação prevista que é de 4%.

?As tarifas devem fechar 2007 em 1%?, apontou Ulisses Kaniak, presidente do Senge-PR. ?O aumento do pedágio deve ser compensado pela redução no transporte coletivo?, comentou, referindo-se ao mês de dezembro. No ano passado, as tarifas fecharam com variação positiva de 0,34% – contra inflação medida pelo INPC de 2,81% – e, em 2005, alta de 4,32% contra inflação de 5,05%. ?Os preços administrados, pelo terceiro ano consecutivo, vão fechar abaixo da inflação. Mas há muito ainda que se corrigir das distorções?, afirmou. É que nos dez anos anteriores, as tarifas públicas sempre estiveram acima da inflação. ?Em 94, as tarifas comprometiam 16% do orçamento de uma família, hoje o índice é de 32%?, comparou Sandro Silva, do Dieese-PR.

Combustíveis

Em novembro, a queda de 0,06% foi puxada principalmente pelos combustíveis. O óleo diesel ficou 0,11% mais barato em relação a outubro e a gasolina teve queda de 0,08%. Já o álcool combustível, que não faz parte da cesta de tarifas públicas pesquisada, registrou alta de 3,78% por conta do período de entressafra. Outro item que apresentou queda em novembro foi o transporte coletivo (-0,19%), por conta do número de feriados, quando a passagem cai de R$ 1,90 para R$ 1,00.

Em novembro, o preço médio do litro da gasolina em Curitiba foi de R$ 2,469, pouco abaixo dos R$ 2,471 registrados em outubro. A queda decorreu da redução do lucro dos revendedores, que passou de 18,57% para 17,35%. Em Curitiba, o preço médio da gasolina oscila entre R$ 2,45 e R$ 2,48 desde o final de julho.

Na comparação com outras 15 capitais pesquisadas pelo Dieese, Curitiba apresenta a quinta gasolina mais barata do País – a mais cara está em Brasília (R$ 2,575) e a mais barata em Belo Horizonte (R$ 2,345).

Em relação ao pedágio, que foi reajustado pela maioria das concessionárias no dia 1.º de dezembro, ele teve peso de 4,43% na cesta de tarifas públicas (estimada em R$ 491,95) em novembro. Com o reajuste, o peso passou para 4,63%. ?O peso do pedágio não é muito grande. Calculamos uma viagem de ida e outra de volta de Curitiba ao litoral?, explicou Sandro Silva.

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